30 de julho de 2010

canibais em mim.

Minhas cartas ao futuro não são o suficiente para salvar me do perigo iminente em que estou. Meus gritos e soluços carregam o fardo de um passado não perdoado, cicatrizes infectada que me proíbem de olhar em frente. Os ventos me calam com suas cargas de solidão, de distância... mas, eu sei que há pessoas nesse mundo prontas para cometer barbaridades contra pessoas que como eu, só estão interessadas em viver a poesia da vida.
Novalis escreveu que o poeta é o único homem genuinamente moral... esqueceu de escrever que o poeta é o homem genuinamente ameaçado... pois antes de o homem mesmo estar ameaçado, estão querendo sufocar as perspectivas mais vivazes daqueles que sabem impulsionar o sentido trágico para a sua superação. E a base para a sua argumentação é - o poeta é um homem em estado de nervos onde sua selvageria converge harmonicamente com sua eloqüência, com sua moral e seus poderes mágicos. Querem expulsar o poeta até do inferno... E, no entanto, ainda insisto em deixar algumas marcas fúteis para provar que realmente caminhei pela Terra, mesmo sabendo que o meu destino era Lugar Nenhum.

Saí de casa por um tempo... estou cada vez mais apartada do mundo, sem um cordão umbilical de amor a me alimentar. Mato minha fome com minhas lágrimas e minha sujeira incrustada nas unhas.. há um rato em minha barriga lutando por sua sobrevivência.

Abandone aqui suas esperanças,baby!


ps. sorria pra riqueza e faça mandalas! falei!

Um comentário:

  1. um dos melhores e mais expressivos textos que já li! show garota!!!!!genioso

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