17 de dezembro de 2010

de volta pra casa.

Lá estão meus restaurantes preferidos, minhas lojinhas, meus ateliers todos.
Tenho meus amigos queridos, casas quentinhas que me acolhem no inverno, abraços e gargalhadas que batem perna comigo no calor do verão.

É hora de voltar. De férias - mas, em breve, de vez.

É hora de olhar São Paulo com os olhos novos que eu adoro cultivar - e que privilégio poder olhar sua casa com olhos novos.

Em breve será hora de viver São Paulo de outra maneira, daquele jeito estranho de quem não está mais lá nem cá, nem em lugar nenhum.


Me dá medo voltar.

14 de outubro de 2010

com tanta delicadeza,

frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor.

E por trás de tudo que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum.

celso, há mil tons em você.

6 de outubro de 2010

Hoje,

eu nem saí da cama. Apesar do sol que chama, nem me levantei.
Não me agrada o panorama.

Hoje eu acordei.

Não quero ser refém da máquina, preciso ir além.
Mas sei porém, que sátira
Sou parte dela também.


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3 de outubro de 2010

Num cenário,

de neblina meus nós desfaço,
desmancho minhas teias, momento só meu.
Na véspera da dúvida os medos enlaço,
liberto a alma presa, camuflada no breu.

Encaro a vontade, da navalha o verso.
São nuvens que acenam paisagem em mim.
Embrulho as palavras, sons num reverso.
E o dia acontece sem ruas, e sem fim.

Pra imensidão das horas, mostro a língua.
Nem deixo o desgosto me encostar na parede.
Brincando na chuva, vou matando a sede.

O arco-íris desenho, fica o cinza a míngua.
Viço na alma um jardim, rematizo as cores.
E o negócio com o tempo pra minar as dores.







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Outrodidata

O contrário do autodidata sou eu. Adoro aprender com o outro – sou outrodidata.

É o resultado da sorte que eu dei: minha vida cruzou com a de muitos bons professores. Em casa, nas salas de aula, nas redações – na vida.


Não há nada que eu não aprenda melhor com um professor do que sozinha. Se o livro diz: faça hachuras diagonais, eu fico ali assimilando. Vem a professora e fala: faça hachuras diagonais, eu logo: aaaaaah, entendi!
Claro que evoluir é aprender a não precisar deles, mas não posso deixar de ver a beleza e a generosidade de que são feitos o processo.

Pessoas ligadas pelo mesmo entusiasmo – quem sabe mais mostra o caminho, quem sabe menos ensina outra coisa. Nem que seja a gostar mais ainda do que se faz.

E para eu me divertir fazendo a lista que começa assim: obrigada, Rita e Nádia. Clécio, Ana Claúdia, Andréa. E, putz, Manoel Grau . Obrigada, Serroni, Cris Rossi, Pala. Márcia, Alessandra. E, cara, muito obrigada, Fábio. Maria José, Luciano, Adriano. Minha primeira professora de francês na Mairie, que eu não lembro o nome. Maria Graciete, Jeanne. Regina, Regina, outra Regina, Shirley. E obrigada à beça, Alceu Ale. Mas, principalmente, obrigada mãe e obrigada pai.



Por me darem régua e compasso - e tesoura e cola.

8 de setembro de 2010

Brincadeiras

Sua mente brinca infinitamente - tudo é como um sonho em um quarto vazio. Ao meditar, olha para a mente e consegue vê-la fazendo suas travessuras, como uma criança brincando e saltitando pelo puro excesso de energia. É só isso, pensamentos pulando, saltitando, brincando, apenas um jogo, ela não leva isso a sério, mesmo quando esses pensamentos eram ruins, não sentia-se culpada. Ou se houvesse um grande pensamento, um pensamento muito bom - servir a humanidade e transformar todo mundo, trazer o paraíso à Terra -, ela não deixa que seu ego fique tomando por ele, ela não leva isso a sério, não sente ser uma menina grandiosa.

Foi apenas a sua mente brincando. Algumas vezes ela desce, outras ela sobe, nada mais que energia emm excesso tomando muitas formas e facetas.

31 de agosto de 2010

às vésperas de setembro

Minha vida é como o Grand Canyon caindo sobre as estranhas de Zeus.Entrei noutra crise... Agora todo meu silêncio é um banho inexorável de cera e lágrimas. Estou angustiada e desconfiada em relação à tudo... estou extremamente sensível e meu humor se afeta rapidamente.
(Sim, a TPM existe!!)

Não ando muito receptiva à idéia de multidões e galeras ... mal consigo suportar a idéia de grupo que Telles vive querendo realizar. Reunir pesssoas de todos os tipos já não me dá o prazer de antes... principalmente se eu conhecer todos. Já não me sinto mais entre meus iguais... é como se estivesse derretendo enquanto os outros brincam e riem à vontade. Muita coisa anda acontecendo... as coisas estão se reduzindo demais a um padrão de encontro e embriaguez. Sempre as mesmas cerimônias e conversas... As coisas de antigamente vêm voltando sob uma luz nova, com novos participantes... é como se a história estivesse apenas se repetindo. Mal minha escrita consegue te mostrar o espelho do dilaceramento que sinto agora... porque não há linearidade neste sentimento.

Penso em escrever para mudar o rumo do dia e das coisas, pesquisa e mais pesquisa. Me sinto útil assim...

E hoje tem festa, no mesmo lugar e certamente com as mesmas pessoas. e eu vou.
Contraditória? não!

Apenas me sentirei leve, com o sentimento de um dia bem aproveitado.

Sabe como é, não dá pra perder tempo...

26 de agosto de 2010

tudo é relativo,

o sentido dos passos, seus tamanhos, seus motivos e cores.

22 de agosto de 2010

Fonte.



Como não dá pra falar da mulher (perfeita) nem das fotos (perfeitas), vamos meter o pau (no bom sentido) na capa.

Gente, que fonte é essa? Isso é praticamente uma comic sans!rs

Eu e meus patéticos conhecimentos de Photoshop nos questionamos como alguém conseguiu estragar essa capa dessa maneira.

Hello, dafont!

2 de agosto de 2010

É ou não é? É !

Você já percebeu como surgiram no decorrer do anos vários problemas bucais?
Antes nós tinhamos um só, a cárie, depois surgiu o tártaro e agora nós temos TREZE problemas bucais.

(preste atenção nas campanhas!)

A vida vai ficando ou não mais complexa?

30 de julho de 2010

canibais em mim.

Minhas cartas ao futuro não são o suficiente para salvar me do perigo iminente em que estou. Meus gritos e soluços carregam o fardo de um passado não perdoado, cicatrizes infectada que me proíbem de olhar em frente. Os ventos me calam com suas cargas de solidão, de distância... mas, eu sei que há pessoas nesse mundo prontas para cometer barbaridades contra pessoas que como eu, só estão interessadas em viver a poesia da vida.
Novalis escreveu que o poeta é o único homem genuinamente moral... esqueceu de escrever que o poeta é o homem genuinamente ameaçado... pois antes de o homem mesmo estar ameaçado, estão querendo sufocar as perspectivas mais vivazes daqueles que sabem impulsionar o sentido trágico para a sua superação. E a base para a sua argumentação é - o poeta é um homem em estado de nervos onde sua selvageria converge harmonicamente com sua eloqüência, com sua moral e seus poderes mágicos. Querem expulsar o poeta até do inferno... E, no entanto, ainda insisto em deixar algumas marcas fúteis para provar que realmente caminhei pela Terra, mesmo sabendo que o meu destino era Lugar Nenhum.

Saí de casa por um tempo... estou cada vez mais apartada do mundo, sem um cordão umbilical de amor a me alimentar. Mato minha fome com minhas lágrimas e minha sujeira incrustada nas unhas.. há um rato em minha barriga lutando por sua sobrevivência.

Abandone aqui suas esperanças,baby!


ps. sorria pra riqueza e faça mandalas! falei!

27 de julho de 2010

Simi e Simão

Quando comecei amar você?

Será que foi no dia em que nos conhecemos? Ainda lembro a roupa que você usava, uma calça branca, daquelas larguinhas... camiseta básica azul marinho. Lembro do que disse, falou logo sobre os planos profissionais, mesmo estes ainda incerto. Mas naquele dia foi só um olhar de curiosidade.
Depois começamos a conviver. Será que foi no dia em que começamos a trocar idéia? A conversar sobre a vida? A rir das piadas? A conversar sobre nossas aventuras e desventuras?
Será que foi quando comecei a confiar em você? Ou quando comecei a admirar seu jeito de levar a vida?
Acho que foi quando soube que podia contar contigo. Quando encontrar com você passou a me fazer bem. Talvez quando sua companhia começou a me trazer paz?
O que sei é que não foi naquele dia. No dia em que nos abraçamos por um longo período e eu fiquei confusa, sem saber o significado daquilo. Não foi no dia em que me arrumei só porque ia te encontrar. Nem no dia em que o seu abraço me fez esquecer de tudo ao redor. Ou quando parei de perceber o tempo passar enquanto estava ao seu lado.
É Gui, saber exatamente quando tudo começou já não importa. O que importa é que você me faz bem.

23 de julho de 2010

realidade,

é um vômito, uma palavra enganosa cheia de teias com uma aranha chamada Economia ou Estado querendo devorar tua alma.

27 de junho de 2010

quem sabe?

e por entre as folhas surge despretenciosamente o perfil
em lágrimas
chora porque se recorda de um outrora
mas seu sopro leve, tal qual brisa
remete palavras doces de quem sabe um dia

e ri pra vida!

26 de junho de 2010

Longe de casa

longe de casa eu choro e não quero nada
pois fora do chão ninguém quer e não pode nada
sinto falta de São Paulo
de escutar na madrugada
uns bordões de violões
e uma flauta a chorar prata...

- de eduardo gudin e paulo vanzolini

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